7 de maio de 2008

Entrevista para a revista Nova

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Alinne Moraes: modelo vivo

Cintura fina, quadris delicadamente desenhados, boca provocante, olhar perturbador. Sim, Alinne Moraes é uma deusa. E também uma mulher de vida dupla... no melhor dos sentidos. O que ela esconde por trás de tanta beleza nós revelamos aqui. Como os sonhos que cultivava na infância, a paixão platônica pelo professor e as duras lições que aprendeu a partir da fama.

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O que você faria se recebesse de uma revista masculina o título de mulher mais sexy do mundo, fosse eleita embaixadora de uma linha internacional de cosméticos e namorasse um gato? Pois Alinne Moraes, com grafia atual sugerida pela numerologia, resolveu virar... homem! A atriz deu uma guinada e encarnou um deus hindu. A peça Dhrama - O Incrível Diálogo entre Krishna e Arjuna, marcou sua estréia no teatro, este ano, com sucesso de crítica. Desde 2002, quando seu rosto de boneca surgiu pela primeira vez na tevê, já contabiliza seis novelas e um longa-metragem (Fica Comigo Esta Noite, dirigido por João Falcão). O tremendo sucesso é resultado de esforço pessoal, determinação e vontade de acertar. Que tal conhecer a outra face de Aline Cristine de Magalhães e Morais? 


NOVA Quais eram as suas ambições antes de ficar famosa?
Alline
- Aos 10, 11 anos, já pensava em ter casa própria, morar sozinha e ser independente. Gostava de desenhar um lugar simples, no meio do verde, com pássaros e cachorros, pois adoro animais. Aos 18, concretizei o desejo.

NOVA A pior lembrança da infância...
Alinne
- Foi o dia em que entendi o que significa ser filha única e não ter alguém com quem dividir. Morava com a minha mãe e, quando levava bronca, me escondia num armário. Ali, fechada, ficava pensando, completamente só. Mas essa solidão também me ajudou a amadurecer.

NOVA Quem você admirava naquela época?
Alinne
- Minha mãe foi meu principal ídolo. Professora de educação artística, trabalhava em escola pública e sempre batalhou. Eu a acompanhava e via quanto era querida e respeitada pelos alunos. Puxei dela a veia artística.

NOVA E hoje em dia?
Alinne
- Continuo a admirar a minha mãe. Mas, depois de adulta, também passei a valorizar a minha avó. Descobri que venho de uma família com duas mulheres incrivelmente fortes e especiais.

NOVA O que comprou com seu primeiro grande salário?
Alinne
- Eu estava andando em um shopping quando vi uma bolsa linda, grande e marrom. Ela custava caro, mas não resisti. Usei por muito tempo, e ela continua guardada até hoje lá em casa, acredita?

NOVA E o desejo mais extravagante que já realizou?
Alinne
- Durante algum tempo, senti culpa por gastar. Depois de superar essa fase, me deixei levar pelo lado consumista e comprei um automóvel New Beetle, de uma cor meio rosada. Era uma espécie de sonho infantil, quase Barbie. Mas logo caí na real e vendi o carro. Mais tarde, investi em uma casa lá em Sorocaba.

NOVA Quando você se deu conta de que atingira o sucesso?
Alinne
- Ao me ver pela primeira vez num outdoor e numa capa de revista. Percebi a dimensão do meu trabalho. A personagem Clara, garota homossexual da novela Mulheres Apaixonadas, também me deu essa sensação boa. Mas, apesar da repercussão, entendi que não poderia me dar por satisfeita. Sempre é tempo de evoluir, a gente não pode estacionar e achar que está bom.

NOVA Como você mantém esse corpo escultural, cobiçado pelos homens e invejado pelas mulheres?
Alinne
- Sempre fiz alguma atividade física. Há dois anos pratico balé - quatro vezes por semana. São três horas de exercícios, sendo uma hora e meia dedicada ao alongamento. Eu adoro estes momentos: o gestual de se vestir para a aula, o collant, a polaina... Depois tem a música, a consciência corporal que essa dança proporciona. Sinto um prazer enorme. Com relação à alimentação, procuro seguir uma dieta saudável. Aboli o refrigerante da minha vida e não como muito doce. Mas me permito algumas escapadas, porque quero ser feliz! Procuro fazer uma média: se um dia como um lanche no McDonald's, peço uma salada junto para fazer o contraponto.

NOVA Qual o seu maior sacrifício em nome da profissão?
Alinne
- Aprender que existem altos e baixos na carreira. A gente tem de cair com a mesma naturalidade com que sobe, pois nem sempre um artista está em evidência.

NOVA E o seu pior pesadelo?
Alinne
- Sonho ser mãe. Não agora, mas no futuro, pois me acho ainda muito nova. Ao mesmo tempo, me questiono sobre pôr uma criança em um mundo com tantos problemas. Então, meu maior pesadelo talvez seja a impossibilidade de não conseguir concretizar esse desejo.

NOVA Você já sentiu medo?
Alinne
- Tive medo no dia em que pisei no Japão pela primeira vez, aos 14 anos, sem falar uma palavra de japonês ou inglês. Quase fui barrada no aeroporto e pensei que perderia a grande chance de trabalhar ali como modelo.

NOVA Passou por algum perigo concreto?
Alinne
- Fui assaltada em duas ocasiões. Tempos atrás, na Itália, levaram minha bolsa na minha primeira semana de trabalho. Há cerca de quatro anos, numa estrada do Rio de Janeiro, ladrões armados me fizeram descer do carro e jogaram as chaves no meio do mato. Superei o trauma, mas aqueles segundos pareceram eternos.

NOVA A novela Duas Caras fala de alguém com vida dupla. Ao interpretar uma personagem, você também se transforma em duas. Como é a verdadeira Alinne?
Alinne
- Quando estou gravando, passo pouco tempo sendo eu mesma, praticamente só saio da personagem na hora de dormir. Mas, em casa, sou uma garota normal, que gosta de espalhar velas pela sala, acender um incenso, ouvir música e tomar vinho com o namorado. Meu lar é como um templo onde recarrego as baterias.

NOVA Foi difícil interpretar um deus no teatro?
Alinne
- Em cena, eu me sentia à beira de um abismo. Ao mesmo tempo, entrar na pele de um homem me fez amadurecer em vários aspectos. Também entendi a importância da transformação para o ator.

NOVA Qual celebridade mais a surpreendeu como colega?
Alinne
- Ney Latorraca. Ele me mostrou que não é preciso deixar a criança de lado para ser um bom profissional. Brincar é importante, sempre.

NOVA Quem foi a sua primeira grande paixão?
Alinne
- Meu professor de educação física, apelidado de Laranjinha, lá em Sorocaba. Eu devia ter uns 12 anos, e ele nem desconfiava do efeito que provocava em mim.

NOVA E atualmente?
Alinne
- O Sérgio [Marone]! Todos os homens com quem me relacionei são especiais, mas para ele não existe dia ruim, o que o torna único. Acrescenta coisas boas na minha vida e aceita meu lado prático de ser.

NOVA Sexo para você é...
Alinne
- Libertação.

NOVA De que parte do seu corpo você mais gosta?
Alinne
- Da boca. Eu a odiava por ser grande na adolescência. Com o tempo, o formato se encaixou direito no meu rosto. Assumi-la, hoje, representa uma vitória.

NOVA Você curte trocar mensagens via computador?
Alinne
- Prefiro estar ao vivo com alguém, tratar de assuntos de trabalho pessoalmente. O que se diz num chat pode não ser muito verdadeiro.

NOVA Qual foi o maior erro que já cometeu na vida?
Alinne
- Quando penso que poderia ter feito algo de um jeito diferente, depois reflito que tive uma boa razão para a minha atitude. Como capricorniana, também prefiro pecar por agir a ficar inerte.

NOVA Por que você sempre escolhe bonitões para namorar?
Alinne
- Coincidência! Aparência não é o que observo primeiro num homem, e sim a voz, o comportamento, se me trata com respeito e educação. Tive namorados não tão belos que me conquistaram pelo caráter e atitude.



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